Como o setor ferroviário pode se tornar um pilar da economia brasileira

O transporte ferroviário se mostra seis vezes mais eficiente que o rodoviário, então por que não usar mais trens? Entenda evidências sobre o tema.

Os trens são um meio de transporte de cargas e pessoas amplamente utilizado em diversos países. Na Europa, é possível fazer viagens por diferentes países de trem. Na China, os trens de alta velocidade recebem investimentos pesados do Estado para o transporte de mercadorias, além de haver transporte de passageiros. Existe ainda o objetivo chinês de ter uma malha ferroviária que interligue todas as cidades com mais de meio milhão de habitantes e ainda inclua áreas rurais. Vale destacar ainda o fato de o arquipélago do Japão, cujo tamanho total é um pouco maior que o estado do Mato Grosso do Sul, ser líder em comprimento de linhas de trens de alta velocidade. Contando trens tradicionais e de alta velocidade, são 30.625 km de linhas férreas.

Essa disseminação do uso das ferrovias para longas distâncias não é por acaso. Os trens apresentam baixos níveis de acidentes, perdas de cargas e emissão de poluentes, além de serem rápidos e de manutenção pouco custosa. Ademais, vale mencionar que há cada vez mais tecnologias que auxiliam na diminuição considerável de consumo energético dos trens, como é o caso da levitação magnética.

No caso do Brasil, um setor ferroviário mais desenvolvido, traria impactos relevantes para a economia e desenvolvimento social de diferentes regiões. O primeiro ponto, e mais evidente de todos, seria a maior facilidade de escoamento de commodities e outros produtos até os portos no litoral. O modal ferroviário é o mais adequado para transportar diferentes tipos de carga por longas distâncias e o Brasil, um país extenso latitudinal e longitudinalmente, precisa desenvolver seus modais de transporte de carga de forma que sejam otimizados e interligados.

Outro ponto seria a facilitação das vendas de pequenos produtores rurais. A possibilidade de levar suas produções para outras cidades e estados pagando menor custo de transporte é um incentivo à permanência das propriedades familiares, o que acarreta o desenvolvimento social das regiões rurais e a menor evasão de jovens do campo.

Para os dois casos, grandes e pequenos produtores (tanto agropecuários, de minérios ou industriais), uma consequência do transporte via férrea é a menor parcela agregada ao preço final do produto devido ao custo de transporte. Isso quer dizer que, se o transporte é mais barato, o produto final também é mais barato, o que o torna mais acessível e difundido. Como efeito, tem-se um produto mais competitivo no mercado.

Por último, a grande dependência do modal rodoviário já trouxe problemas para o país. A greve de caminhoneiros, devido à alta no preço dos combustíveis, em 2018, teve impactos na economia: gerou inflação e prejudicou a expectativa para o PIB daquele ano.

Link para a matéria completa: https://pp.nexojornal.com.br/perguntas-que-a-ciencia-ja-respondeu/2024/10/02/como-o-setor-ferroviario-pode-se-tornar-um-pilar-da-economia-brasileira-em-5-pontos

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