À medida que exploramos as oportunidades e desafios enfrentados pelo setor ferroviário no contexto do PAC 3 e das iniciativas de descarbonização, fica evidente que a modernização e a expansão da infraestrutura ferroviária nacional são cruciais. Destacamos a necessidade de investimentos estratégicos que vão além da simples expansão da malha ferroviária. É crucial adotar tecnologias sustentáveis, como a integração do biocombustível B30 e a implementação de sistemas de frenagem regenerativa, e fortalecer a competitividade do setor.

Projetos estratégicos como a FICO (Ferrovia de Integração do Centro-Oeste), a FIOL (Ferrovia de Integração Oeste-Leste) e a Ferrovia Transnordestina simbolizam avanços significativos para a infraestrutura ferroviária do país.

No entanto, a verdadeira transformação para um sistema ferroviário diversificado e sustentável, que efetivamente promova a mudança modal, está condicionada à implementação de novas regulamentações que incentivem a diversificação de cargas e rotas. Essa evolução é vital para que as ferrovias transcendam o mero escoamento de commodities, abrindo-se também para passageiros e pequenos produtores.

Portanto, a combinação de planejamento estratégico voltado para tecnologias inovadoras, investimentos em infraestrutura, regulamentações progressistas que facilitam a entrada de novos operadores no mercado, e políticas que incentivem um uso mais inclusivo e democrático do transporte ferroviário, constitui a receita ideal para o sucesso.

O governo federal, com o suporte de parceiros privados, desempenha um papel crucial na orquestração de uma transformação de tal envergadura e complexidade. Esperamos que, até 2035, possamos testemunhar a concretização das transformações discutidas aqui, estabelecendo um setor ferroviário brasileiro sustentável e dinâmico.